Escrava prisioneira - Slave prisoner

Não me via capaz de tanta entrega... Agora, me arrasto aos Teus pés, beijando-os com devoção e lascívia, sentindo sobre mim Teu olhar que me penetra e ocupa. 

Tinha medo da minha entrega, da minha sofreguidão e ansiosa expectativa de sempre agradar, e acabei escorregando em armadilhas internas que armava para escapar de Ti.

Acabrunhada, entorpecida, me despojo de vergonhas e Te exponho meus medos, entre lágrimas de sufocada saudade e suspiros de alívio ante Tua presença. 

Ser Tua prisioneira é um caminho sem volta. Não há saída, não tenho mais escolhas... 

Recolho-me à simples e imperiosa realidade: sou Tua, presa do destino que me levou a Te servir, e no qual Te imploro me permitas continuar servindo. 

Só o Senhor tem a chave da masmorra onde me manténs reclusa, onde me torturas, degradas, usas de forma absoluta e profunda. 

És meu Algoz, meu Carrasco, minha Sina. 

Com Teu doce sorriso e voz macia, me levas ao mais escuro e misterioso sentir... 

Dócil, me submeto ao martírio que me impões, não esboço movimento de fuga, nem de desacordo ou enfado. 

Em êxtase, me dobro ao Teu querer, feliz por ler em Teus olhos o prazer por minha dor. 

Assim, protegida e isolada das insossas alegrias mundanas, me guardo e cuido do que é Teu: meu corpo, meu ser, tudo em mim. 

i did not see myself capable of such release... Now, i drag at Your feet, kissing them with devotion and lust, feeling on me Your gaze that penetrates and takes me up. 
i was afraid of my releasing, my eager expectation and desire to always please, and i end up slipping on internal traps that i created to escape from You...
Overwhelmed, numb, i get rid of my shames and expose to You my fears, choked with tears of missing You and sighs of relief with Your presence. Be Your prisoner has no turning back, no way out, i have no more choices ... 
i gather myself to the simple and compelling reality: i am Yours, prey of the fate that led me to serve You, and in which i beg You permit me to continue serving. 
Only You have the key of the dungeon where You keep me sheltered, where You torture, degrade, use me in absolute and profound ways. 
You are my Tormentor, my Executioner, my Destiny. 
With Your sweet smile and soft voice, You take me to dark and mysterious feelings... 
Docile, i submit myself to the martyrdom which imposes me no slightest movement of escape, neither of disagreement or annoyance. 
In ecstasy, i bend myself to Your will, happy to read in Your eyes the pleasure for my pain. 
Thus, protected and isolated from the savourless mundane joys, i keep myself hidden taking care of what is Yours: my body, my being, everything in me.