Grito calada - Silent scream

Tudo o que falo parece-me tão óbvio que calo.

Sou tão evidente, tão transparente, meus olhos não conseguem esconder.

Não existe jogo, não existe regra. Sou aquilo que consigo sentir.

Por vezes sou amor, um amor profundo e intenso, com a fúria que o amor tem, cego e simples, outras sou como olhos do desejo de ser todos e tudo, busca incessante e inútil.

Então apenas deixo que meus poros transpirem as lágrimas da minha emoção.

Não há medo.

Entrego-me e bebo a esperança, se esperança houver.

E, nas vezes, nas muitas vezes que sou só, minha dor é mansa, minha angústia, cálida.

Sofro calada a voz que não consigo gritar.

All that i talk seems to me so obvious that i shut up.

i am so clear, so transparent, my eyes can not hide it...

There is no play, there is no rule, i am what i can feel.

Sometimes i am love, a deep and intense love, with all its fury, but blind and simple.

Other times i am like the eyes of the desire of being everyone and everything, in a relentless and useless pursuit.

So, i  let the tears of my emotion transpire from my pores.

There is no fear.

i release myself and drink the hope, if there is any hope.

And, at times, the many times that i am alone, my pain is calm, my distress warm.

i suffer in silence the voice that i can not scream.