Docilidade e Submissão

"Eu não quero ser líder. Recuso-me a ser líder. Quero viver obscura e ricamente minha feminilidade. Ter um Homem deitado sobre mim, sempre em cima de mim. Sua vontade, seu prazer, seu desejo, sua vida, seu trabalho, sua sexualidade serem a pedra de toque; seu comando, meu pivô. Não me importo de trabalhar, segurando meu chão, intelectualmente, artisticamente; mas como mulher, oh, Deus, como mulher eu quero ser dominada. Não me importo de me ser dito para ficar em meus próprios pés e não me apegar a tudo o que sou capaz de fazer, desde que seja perseguida, fodida, possuída pela vontade de um Homem no tempo Dele, à Sua vontade."~ Anais Nin


Assim também eu me curvarei obediente à vontade Daquele que me irá me dominar, conduzir e possuir. 
Lavarei Seus pés, enxugando-os com meus cabelos, lambendo-os docemente com a língua sequiosa, satisfeita por cumprir um ritual pleno de docilidade e submissão. 
Meu destino, minha sina, meu caminho será estar perenemente aos pés do meu Senhor. 
Ser sua escrava, serva, serviçal, atendente de Seus desejos e adivinhadora de Suas vontades, esse é meu mister.
Deitar-me no chão para que me pise, ser o tapete onde seus pés repousam, essa a minha função. 
Oferecer minha completa entrega e me render ao Seu fascínio, sempre a minha condição. 
No recanto de minha solidão O espero, me preparando para ser colhida, tomada, intensamente desfrutada, inteiramente possuída, já que uma serva não tem pressa...
No tempo certo, meu Senhor chegará e me fará plena, submetendo-me sem esforço, pela magia que espontaneamente fluirá, o côncavo e o convexo em perfeito encaixe, em sublime harmonia, num pas-de-deux irretocável.
Sinto-O, Senhor, e sinto que se aproxima meu tempo de Lhe pertencer...