Vadia, arisca, a cadela se mantém
Na obscuridade de sua submissão latente.
Uivando, sedenta, carente do afago e do chicote.
Em mim mora essa cadela.
Trago-a presa, cuido dela, alimento-a com fantasias,
Elaboro roteiros, imagino masmorras, torturas, sevícias,
Sonhando-a sendo usada, humilhada, arrastada pelos cabelos,
Trazida pela guia em humilde obediência e mansidão.
Protejo-a da solidão, do abandono, do desamor,
Ninando-a com afagos e carícias, prometendo-lhe ser posse,
Servindo a um Dono que dela cuide tão bem quanto eu a cuido.
Ela se acalma, mas, nem sempre.
Às vezes rosna, de angústia e medo,
Ataca por dentro, me arranha, me morde,
E muito esforço é preciso para de novo acalmá-la.
De novo a alimento com doces fantasias,
Com contos e fotografias,
Com enredos de magia e entrega.
Ela finge acreditar,
E eu, ganho tempo e aprendo paciência.
Querida,
ResponderExcluirlindo seu texto.. que sua espera seja pequena...
Beijos carinhosos!!!
Kali
Lindíssimo!
ResponderExcluirTenha uma semana **iluminada**
beijos perfumados
{ísis}_MN
Maria,
ResponderExcluirContinue cuidando, aprendendo e tendo paciência. Um dia, quando menos esperar, aquele que lhe será merecedor, conseguirá ver muito além do que os outros conseguem, irá ver a cadela maravilhosa que pulsa dentro de ti.
Beijos doces!